quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Tempo de Poesia

Tempo de Poesia

  • Todo o tempo é de poesia
  • Desde a névoa da manhã à névoa do outo dia.
  • Desde a quentura do ventre à frigidez da agonia
  • Todo o tempo é de poesia
  • Entre bombas que deflagram.
  • Corolas que se desdobram.
  • Corpos que em sangue soçobram.
  • Vidas qua amar se consagram.
  • Sob a cúpula sombria
  • das mãos que pedem vingança.
  • Sob o arco da aliança
  • da celeste alegoria.
  • Todo o tempo é de poesia.
  • Desde a arrumação ao caos
  • à confusão da harmonia.

  • António Gedeão

Aqui fica o desejo do Clube: que a poesia sufoque a voz da guerra!